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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Superintendência Regional do Trabalho determina interdição total do Hospital Materno Infantil

Decisão ocorre após auditoria feita nos últimos quatro meses em conjunto com fiscais do Conselho Regional de Farmácia, diz SRT-GO
Em auditoria, fiscais encontraram problemas em instalações elétricas e hidráulicas, dentre outros (Foto: SRT-GO)
A Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO) determinou a interdição total do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. De acordo com o órgão, a decisão é resultado de auditoria feita nos últimos quatro meses por auditores fiscais do trabalho acompanhados pelo Ministério Público Federal em Goiás (MPF), em conjunto com fiscais do Conselho Regional de Farmácia, que constataram problemas na instalação elétrica, na estrutura arquitetônica, hidráulica, superlotação e degradação predial, dentre outros pontos que possibilitariam, por exemplo, riscos de infecção ou de acidentes de trabalho.

O termo de interdição será entregue, na manhã da próxima terça-feira (30), aos representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) e do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), organização social responsável pela gestão da unidade de saúde, que é pública. Segundo a SRT-GO, a SES-GO e coordenações técnicas do hospital terão dez dias para apresentar o cronograma de desocupação do prédio.

Procurada pelo POPULAR, a SES-GO informou queirá se posicionar sobre o assunto após o recebimento do relatório. O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) informou à reportagem que ainda não foi notificado sobre o relatório de interdição e, por isso, só vai se posicionar quanto tiver acesso ao documento.

Desocupação
Segundo a SRT-GO, o termo de interdição diz que a desocupação deverá ocorrer “de maneira segura, responsável , programada, progressiva, acompanha da por médicos e enfermeiros do HMI, e também pela Vigilância Sanitária, que é a instituição responsável pela garantia da segurança dos pacientes".

Até a desocupação total do prédio, algumas determinações devem ser cumpridas. Os contêineres utilizados para o preparo de refeições do Materno Infantil e do Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, no Setor Vila Jaraguá, também na capital e gerido pela mesma organização social, devem ter suas atividades paralisadas “imediatamente”. Os motivos seriam “calor excessivo, elevado desconforto térmico, risco de choque elétrico, risco de incêndio e risco de desabamento em razão de fissuras, rachaduras das péssimas estruturas de sustentação dos contêineres de metal”, diz a SRT-GO.

Os postos de enfermagem e enfermarias do HMI auditados foram interditados, de acordo com a SRT-GO, em razão de problemas nos processos de limpeza e higienização hospitalar, de deficiências na estrutura e da falta de condições de conforto e higiene para trabalhadores, dentre outros.

A partir da entrega do termo de interdição, também é vedada a entrada de novos pacientes no Materno Infantil até que a farmácia seja regularizada, com abastecimento suficiente e seguro. O não encaminhamento de novos pacientes para o hospital será de competência do órgão de regulação responsável.


Do O Popular

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